Marcelo Buz é diretor-presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) e vereador licenciado de São Leopoldo.
O mercado de certificação digital no padrão da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil registra aumento de 32% neste ano. De janeiro a maio de 2019 foram emitidos mais de 2,2 milhões de certificados digitais, ante os 1,6 milhão no mesmo período de 2018. Maio bateu o recorde histórico com mais de 497,6 mil certificados digitais.
O certificado digital, comumente utilizado por empresas e cidadãos para a prestação de compromissos tributários, também passa a ser protagonista na transformação digital em curso no País. O cenário demostra a ampliação dos serviços que usam desta potente e segura ferramenta de identificação e validação jurídica em ambiente digital. É por isto que a carteira nacional de habilitação digital já é uma realidade e substituiu a versão em papel.
Correspondente a um processo no mundo analógico, a confiança no certificado digital pressupõe uma cadeia de autoridades somada a um inquestionável reconhecimento tecnológico criptográfico. No Brasil, temos um modelo hierárquico centralizado. Um diferencial no mundo, a Autoridade Certificadora Raiz, operada pelo ITI, executa as políticas do setor aprovadas pelo Comitê Gestor, formado pelo governo e sociedade civil, em um modelo liberal.
Em 2019, a ICP-Brasil chega a sua maturidade. Ao completar 18 anos é hora de aliar os avanços tecnológicos para a plena digitalização da nação, uma das pautas prioritárias do governo Bolsonaro. Desde que assumi a presidência do ITI, em janeiro, busco soluções para gerar uma verdadeira onda de massificação do certificado digital no País.