Uma rede virtual de confiança baseada em blockchain pode substituir vários cadastros públicos com controle dos dados pessoais pelos usuários. Já está claro que manter dados sensíveis em bases de dados centralizadas é perigoso. Por melhores que sejam os mecanismos de segurança cibernética, existe o risco de ataques sofisticados usando técnicas baseadas em inteligência artificial. Manter dados distribuídos é uma opção viável para assegurar a integridades dos dados e rápida recuperação em caso de ataques. O blockchain permite o armazenamento de dados distribuídos com segurança, através de um protocolo de confiança. Um exemplo é o Blockcity, um aplicativo móvel chinês desenvolvido com blockchain, criando uma rede de confiança virtual e um microcosmo para uma futura sociedade de crédito. Esta solução pode substituir com vantagens o Cadastro Positivo.
O governo e entidades financeiras e comerciais buscam soluções para controlar os dados pessoais dos cidadãos, com os argumentos de aumentar a eficiência dos serviços públicos, reduzir os juros de financiamentos e melhorar a experiência dos serviços comerciais.
Obviamente, os dados pessoais são utilizados para outras finalidades por estas organizações, como entender o comportamento das pessoas e das comunidades, permitindo o planejamento de ações de governo para servir os cidadãos (na melhor das hipóteses), ações de marketing para aumentar as vendas, construção de algoritmos para reduzir riscos nos negócios e aumentar os ganhos financeiros.
Entretanto, por mais sérias que sejam as organizações, seus ambientes tecnológicos são vulneráveis a ações de hackers para se apropriarem dos dados pessoais de cidadãos. A sofisticação tecnológica e investimentos em cyberattacks é muito alto, chegando a ser controladas por governos. Isto torna quase impossível, usando modelos tradicionais de processamento de informações, garantir a integridade e a inviolabilidades dos dados.
O Blockchain é uma tecnologia que promete garantir a integridade dos dados através de um protocolo de confiança baseado em uma cadeia de blocos criptografada e quanto um bloco é atacado a rede, automaticamente, isola o bloco para garantir que o resto da cadeia não seja comprometida.
Melhor ainda, as bases de dados são distribuídas em diferentes e independentes provedores de serviços de processamento de dados, evitando que governos e empresas privadas tenham o controle absoluto dos dados dos cidadãos.
Dentro deste contexto, o tão polêmico Cadastro Positivo pode ser substituído por uma rede de confiança baseado em Blockchain sem ter entidades privadas controlando os dados de forma exclusiva e vendendo as informações quase sem concorrência de mercado. O ambiente seria aberto com aplicativos de diferentes empresas com acesso as bases de dados com a garantia que os dados disponíveis são confiáveis e controlados pelos cidadãos.
Um exemplo é o Blockcity, um aplicativo móvel pessoal desenvolvido na cadeia de confiança pública – GXChain. A visão do Blockcity é criar uma cidade virtual de blockchain e um microcosmo de uma futura sociedade de crédito.
Ao entrar no Blockcity, os usuários criam um G-ID, uma identidade digital universal. Isso requer que os usuários forneçam documentos de identificação emitidos pelo governo. Desta forma, o Blockcity está ligando a credibilidade online e offline, enquanto ao mesmo tempo mantém as informações de todos os usuários armazenadas com segurança.
As operações e os comportamentos dos usuários no Blockcity são monitorados pelo sistema para garantir a credibilidade de todo o ecossistema. Com isto o Blockcity se torna um ecossistema ideal para avaliação de risco para financiamentos.
O Blockcity tem um mecanismo interno de incentivo para motivar os usuários a autorizar dados pessoais em várias dimensões para enriquecer suas dimensões de dados, o que significa que os usuários podem realmente assumir o controle de seus dados pessoais. Além disso, o Blockcity garante nunca armazenar dados em cache para proteger a privacidade dos usuários. Com a autorização do usuário, esses dados podem ser usados em diferentes aplicativos.
No Brasil, usando a mesma infraestrutura de agentes certificadores que oferecem os certificados digitais do ICP-Brasil, nossa infraestrutura de chaves públicas e privadas, poderíamos migrar, rapidamente, para uma infraestrutura baseada em Blockchain. Oferecendo melhor segurança e controle dos dados dos cidadãos, incluindo custos baseados na concorrência de mercado.